Por Juliana Probst
✔Como
visto no estudo de caso o paciente relata que o profissional da saúde encostou
na fratura sem luvas, uma porta de entrada para bactérias. Combinado com tempo de espera para ser
atendido, pode provocar uma infecção óssea. Após um mês o paciente procurou
ajuda médica, já que estava com dor latejante, região com avermelhada e quente.
Após resultado do exame de sangue, notou-se alteração nos leucócitos (glóbulos
brancos), que são células de proteção contra microrganismos, o que indicava
infecção óssea. Caracterizada pela invasão de microrganismos e multiplicação do
mesmo no organismo, nesse processo as células de defesa tentam combater os
microrganismos. A invasão desencadeia no hospedeiro, uma serie de reações do sistema
imunológico, afim de defender o local afetado resultando geralmente em
inflamações.
Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Paciente-AVS- Radiografia-com-sinais-de-osteomielite-cronica-da- tibia-fratura_fig4_308957131. Acesso em abr 2018 |
OSTEOMIELITE
✔Trata-se de
uma infecção óssea geralmente causada pelo staphylococcus aureus, podendo ser sub-aguda
ou crônica. Costuma afetar ossos longos, como das pernas e braços. De modo que
a situação do paciente piorou em um período de um mês, os sintomas refletem a
uma osteomielite crônica, que na maioria dos casos acontece através de
complicações das fraturas expostas ou de contaminação cirúrgica.
Deve ser feito
o exame laboratorial para ter de confirmar o quadro infeccioso e iniciar o
tratamento.
TRATAMENTO. Deve ser feito feito a antibioticoterapia intravenosa durante 3 a 6 semanas e
complementação por via oral por três a seis meses, no
caso de lesões desenvolvidas. Em
casos de infecção crônica, recomenda-se a
remoção cirúrgica do tecido ósseo necrosado, como o paciente do caso. Devido a
infecção muito avançada, foi necessário remover o osso e colocar um enxerto
ósseo extraído da bacia para preencher o local. O tratamento com antibióticos
deve continuar por mais três semanas após a cirurgia.
Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/lamosso1.html.
Acesso em abr 2018.
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PSEUDOARTROSE
✔Processo no qual uma fratura não consegue se consolidar no tempo esperado. A formação de uma pseudartrose pode ser definido com base na ausência de uma consolidação óssea completa em determinado período, geralmente 6 a 8 meses, mas essa é uma definição não concreta.
✔No
nível celular, a pseudartrose ocorre quando o processo de reparação se
estabiliza. O tratamento cirúrgico pode complicar ainda mais o diagnóstico, em razão
de quebra ou ausência do material de síntese na presença da patologia. ✔As características da lesão original, a capacidade (ou incapacidade) do paciente para gerar uma resposta de cura normal a sua lesão em particular, o ambiente mecânico/biológico criado pelo método terapêutico escolhido e a presença ou ausência de uma infecção associada estão entre os fatores que podem influenciar a velocidade e a probabilidade de uma consolidação descomplicada e apropriada da fratura.
✔A perda óssea relacionada a uma fratura exposta ou resultante de um procedimento cirúrgico, é um possível precursor de pseudartrose. A doença está associada as fraturas expostas sendo, uma porta para a contaminação bacteriana e a possibilidade de infecção.
CICATRIZAÇÃO DA PELE
✔O processo de
cicatrização tem por finalidade a cura das feridas e é divido em três fases:
inflamatória, proliferativa e de remodelação.FASES DA CICATRIZAÇÃO. Disponível em: http://saudecelulahumana. blogspot.com.br/2016/09/fibroblastos-e-seu-papel-na- regeneracao.html. Acessado abr 2018 |
✔Segunda parte do processo de cicatrização é a etapa de proliferação caracterizada por fibroplasia, angiogênese e reepitelização. Na fibroplasia acontecera o processo de migração e proliferação dos fibroblastos, que são células fusiformes com núcleo elíptico, constituem o maior número de tecido conjuntivo. São importantes na secreção de proteoglicanos, fibronectina, elastina, lamininina e colágeno. Nesta fase de migração e aumento de fibroblastos se atribuirão a partir das margens livres da ferida e de células mesenquimais. Estes fibroblastos possuem capacidade de se retrair e se expandir, assim movimentando-se pela ferida. Durante a movimentação ocorre a deposição de fibronectina sobre a estrutura de fibrina. A nova estrutura de fibronectina é denominda de fibronexus. Dessa forma começa a deposição de colágeno na ferida que se ligará a fibronectina. Simultaneamente ocorrera a formação de novos vasos que são característicos do tecido de granulação, e tem por finalidade nutrir e oxigenar os tecidos de crescimento.
✔A reepitelização tem a missão de reestruturar as funções da epiderme que foram perdidas com a ocorrência da lesão: proteção mecânica, regulação de temperatura local, defesa contra microrganismos e barreira hídrica. Ela devera reestruturar os estratos de queratinócitos: basal, espinhoso, granuloso, lucido e córneo, que dispõe de quantidades crescentes de queratina e, na pele íntegra, entram em processo de apoptose nas duas últimas camadas.
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA. Disponível em: http://destilamente.com/ entretenimento-e-noticias/como-funciona-colagem-ou-seja- calcificacao-osso-sangra-fraturas/. Acesso em abr 2018. |
✔Ao final da primeira semana após o surgimento da ferida, ocorre a restauração de 3% da resistência de toda a pele, terceira semana 30% e três meses 80%. O que resulta na diminuição da deposição de colágeno, do número de ligações cruzadas feitas entre monômeros desta substância e de mudança do tipo III para o I.
CICATRIZAÇÃO DO MÚSCULO
✔O processo de cicatrização do músculo é
muito parecido com a cicatrização óssea, a diferença entre ambas é que no músculo ocorre
um processo de reparo, enquanto no tecido ósseo ocorre um processo de
regeneração. Para ocorrer à cicatrização devem ocorrer três processos:
destruição, reparo e remodelação.
1. Destruição: definido pela ruptura e
formação de um hematoma e inicio de uma reação inflamatória.
2. Reparação: consiste na fagocitose
do tecido necrótico na regeneração das miofibrilas, e formação de tecido
cicatricial, assim como constituição vascular e crescimento neural.
3. Remodelação: processo em que
ocorre a maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e
reorganização do tecido cicatricial e recuperação funcional do músculo.
Referências💭
Alteração Leucocitária. Disponível
em: https://www.tuasaude.com/leucocitos/. Acesso abr 2018.
Infecção. Disponível em: https://www.infoescola.com/doencas/infeccao/.
Acesso abr 2018.
Osteomielite. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/osteomielite.
Acesso abr 2018
Fraturas
em adultos de Rckwood e Green. 7. São
Paulo Manole 2013 1 recurso online ISBN 9788520447659. Acesso em abr 2018
Processo de Cicatrização Muscular. Disponível em: https://unicfisio.wordpress.com/2015/07/13/processo-de-cicatrizacao-muscular/.
Acesso abr 2018
Isaac C, Ladeira PRS, Rego FMP, Aldunate JCB, Ferreira MC. Processo de cura das feridas:cicatrização fisiológica. Rev Med (São Paulo). Acesso abr 2018.
Como é dividido o processo de cicatrização? E como ocorre cada uma dessas fases.
ResponderExcluirStéfanie Osterer
O processo de cicatrização é descrito em três fases. Na primeira ocorre inflamação, devido a formação de um coagulo e a atividades de substancias biologicamente ativas como prostaglandinas, serotonias e fator de crescimento derivado das palquetas. Ocorre a liberação de histamina aumentando a permeabilidade dos capilares, gerando edema na região lesada. Os neutrofilos irão eleiminar particulas estranhas no local. Os mastocitos irão fagocitar as bacterias do tecido lesionado, e auxialiarão no processo de reparo.
ExcluirApós a inflamação coemça a fase de proliferação, os fagocitos migram para a area lesada e forma tecido de granulação, o que determina o acumulo de substancia basal e de colageno, preparando para a reconstrução dos tecidos danificados. Forma-se uma nova camada epidermica, reduzindo o tamanho da ferida, processo chmado de contração da ferida. Essa fase pode levar alguns dias para aperecer e pode durar três semanas.
A ultima fase é a fase de maturação ou remodelagem, ao qual o tecido de granulção é substituido pelo fibroso, quando o colageno e os fibroblastos se realinham, tentando adaptar a função do tecido original. Ele inicia duas semanas após a lesão, e pode continuar por meses ou até anos.