Por Laís Raquel Pereira
ANTI-INFLAMATÓRIO
✔Ibuprofeno: Não esteroidal e age na prostaglandina;
✔Nimesulida: É um fármaco anti-inflamatório
não-esteroide (AINE). Inibe seletivamente a enzima cicloxigenase-2, reduzindo a
síntese de prostaglandinas relacionadas à inflamação. A estrutura química de
nimesulida indica um mecanismo do tipo “scavenger”, através do qual o fármaco
neutraliza a formação de radicais livres de oxigênio produzidos ao nível da
cascata do ácido araquidônico e liberados em grande quantidade na origem do
processo inflamatório por diversos tipos de células (granulócitos, neutrófilos,
macrófagos), sem influenciar a quimiotaxia e a fagocitose. Não
esteroidal;
✔Cetoprofeno: O
cetoprofeno inibe a agregação plaquetária
e a síntese das prostaglandinas (mediador químico relacionado à
inflamação), no entanto, seu exato mecanismo de ação não é completamente
conhecido. Analgésico e antitérmico. Não esteroidal.
✔Associada a lesão tecidual prolongada ou processo degenerativo de origem central ou periférica, a dor resulta de múltiplas e complexas modificações em vias nociceptivas, incluindo desde alterações de excitabilidade de fibras nervosas aferentes até marcadas mudanças de fenótipo celular, estrutura neuronal, sinapses e expressão de novas moléculas, incluindo enzimas, neurotransmissores e receptores.
Analgésicos mais utilizados no pós operatório, são:
✔Tramadol: é
agonista de receptores ự que também inibe recaptação da norepinefrina e
serotonina. atribuíram a efeitos analgésicos superiores aos de agentes não-opióides.
✔Morfina: Os opióides são classificados como agonistas exógenos dos receptores
opióides. São relevantes na regulação da sensação da dor e a sua modulação é realizada pelos opióides
endógenos (endorfinas e as encefalinas).
FARMACOCINÉTICA DA MORFINA
✔Efeitos Adversos: Náusea, vômito, constipação, sedação e sonolência. As doses Iniciais conduzem aos sintomas desagradáveis da causa da euforia mas de umas doses mais altas tais como alucinação, delírio, vertigem e confusão.
✔A Morfina pode ser administrada via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea. A droga tem uma quantidade significativa de metabolismo da primeiro-passagem no fígado com os somente ao redor 40 à 50% da quantidade absorvida realmente alcançando o sistema nervoso . A Maioria da morfina é processada nos rins e eliminada do corpo na urina.
FARMACOCINÉTICA DO DIPIRONA
✔Dipirona: por administração intravenosa (IV) são obtidos altos níveis plasmáticos e seus efeitos podem se iniciar dentro de 30 minutos a 1 hora e podem durar até 6 horas. Sua metabolização é hepática e dentre os metabólitos da dipirona temos 4-metil-amino-antipirina (4-MAA), 4-amino-antipirina (4-AA), 4-acetil-amino-antipirina (AAA) e 4-formil-amino-antipirina (FAA), seus efeitos analgésicos estão correlacionados com as concentrações dos metabólitos ativos MAA e AA, e são excretados via renal.
INDICAÇÃO MEDICAMENTOSAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
✔Antissepsia é o processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele ou em outros tecidos vivos. É realizada através de antissépticos que são formu lações hipoalergênicas e de baixa causticidade. Os antissépticos podem ser classificados como agentes bactericidas, devido à sua capacidade de destruir as bactérias nas formas vegetativas ou como agentes bacteriostáticos, quando apenas inibem o crescimento destes microrganismos.
✔O Food and Drug Administration (FDA) propõem o uso do termo “antisséptico” para identificar os produtos classificados como: Preparo pré-operatório da pele do paciente, Degermação das mãos e antebraços; e Produto para lavagem das mãos dos profissionais da saúde.
✔Curativo
com hidrocolóide: Indicado na prevenção e tratamento de feridas abertas não
infectadas. Deve ser trocado no máximo 7 dias.
✔Curativo com hidrogel; Usado para
remover crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados e necróticos. Deve ser trocado
no máximo 24 horas as infectadas, e em 72 horas as necrosadas.
ANTIBIOTICOTERAPIA
✔A profilaxia da infecção com antibióticos, em um paciente com trauma, tem sua indicação nos ferimentos contaminados, como as de feridas abdominais ou fraturas expostas. A escolha da droga se baseia principalmente, no conhecimento da microflora. O tempo da utilização no esquema profilático deverá ser o menor possível, compatível com a eficácia do esquema.
✔As fraturas representam outro fator de risco para ocorrência de infecção e a população bacteriana presente e habitualmente constituída por stafilococos aureus (40% são resistentes a meticilina), a epidermidis e outras cepas de gram-negativos aeróbios. A vancomicina ainda representa uma opção para os estafilos resistentes, embora a ocorrência de germes anaeróbios seja rara nas lesões traumáticas com grande contaminação ou excessiva lesão tecidual, a cobertura para germes anaeróbios deve ser instituída.
- Para as infecções leves ou moderadas: Monoterapia com cefoxitina, cefotetan ou ticarcilina/ácido clavulônico.
- Para as infecções severas: Monoterapia com carbapenem (imipinem/cilastina) ou uma associação de uma cefalosporina da terceira geração, monobactam ou um aminoglicosídeo, com clindamicina ou metronidazol.
✔Administração de antibióticos em caso de contaminação como lesão abertas, traumas graves no caso do sistema músculo esquelético.
✔Os fatores conhecidos como importantes no tratamento da infecção óssea são estabilidade da fratura, presença de implantes cirúrgicos e capacidade de as bactérias colonizam biomateriais inanimados. Uma vez no local, os implantes ficam revestidos por proteínas séricas e matriciais. Uma proteína matricial (fibronectina) é de extrema importância na patogênese da infecção óssea, pois as bactérias possuem receptores de membrana para a fibronectina que facilitam a adesão de micro-organismos nas superfícies do implante. Quando as bactérias se aderem aos materiais, elas produzem um biofilme composto de polissacarídeos, íons e nutrientes. O biofilme aumenta a aderência das bactérias e protegem os microrganismos contra as defesas do hospedeiro. Os agentes antimicrobianos ideais na presença desses eventos devem atravessar com facilidade as membranas capilares, em ossos normais e infectados, tendo ampla distribuição no osso intersticial.
✔Os antibióticos para as fraturas exposta são consideradas terapêuticos, uma vez que estas feridas estão contaminadas por bactérias. O principal papel dos antibióticos é destruir os organismos residuais ou inibindo seu crescimento até o momento em que os mecanismos de proteção do hospedeiro tenham condições de eliminá-los.
ANTIBIÓTICOS UTILIZADO NO TRANS-OPERATÓRIO.
✔Na maioria dos casos, os pacientes devem receber 1 a 2 gramas EV de Cefazolina, 30 minutos antes da incisão, e é recomendada ser mantida por três dias. Em fraturas expostas a maioria dos cirurgiões utilizam a Cefazolina; ou Cefalosporina, quando ocorre em ambientes altamente contaminados, médicos recomendam acrescentar penicilina para prevenir a infecção clostridial. Em fraturas expostas de grau III, usa-se os aminoglicosídios, além das cefalosporinas Associar penicilina (4 a 5 milhões de unidades de 4/4 hs) nas lesões em que existe a evidência de terra no foco fraturário.
✔Escolher um antibiótico bactericida com ação para gran positivo e gran negativo.
ANTIMICROBIANOS
✔Essa classe de antibiótico é utilizada para prevenir infecções pós traumáticas em feridas de fraturas abertas. A escolha do antibiótico depende da gravidade da lesão dos tecidos moles, do agente contaminante, de primeira escolha se opta por cefalosporina de primeira geração é preferida para fraturas abertas tipo I e II e em fraturas fechadas com lesões de tecidos moles. Estes antibióticos são eficazes contra a maioria das bactérias gram-positivas e muitas gram-negativas exceto; exemplo a Pseudomonas, a cefazolina, em um adulto médio, em dose de 1 a 2 g, seguida por 1 a 2g a cada 8 hora (endovenosa). Em fraturas expostas tipo III um aminoglicosídeo (gentamicina ou tobramicina) é acrescentado. Todos os pacientes recebendo aminoglicosídios devem ser monitorados quanto a toxicidade auditiva vestibular e renal. Para fraturas associadas com comprometimento vascular. A Cefazolina é o antibiótico de escolha pela sua melhor penetração óssea e uma concentração ou esmagamento de tecidos moles, 4 a 5 milhões U de penicilina são administradas a cada 4 a 6 horas. atualmente a maioria dos ortopedistas inicia a profilaxia com antibióticos de amplo espectro que cubra tanto germes gram-positivos como negativos: em geral a cefalosporina de primeira geração. Em casos selecionados de contaminação intensa, o acréscimo de um aminoglicosídeo visando os gram-negativos é recomendado. A profilaxia do tétano (soro ou vacina) associada à penicilina é recomendada em casos de feridas sujeitas a infecção por clostrídeos.Estudos mais recentes recomendam que ela não ultrapasse 24 a 48 horas, para evitar a seleção de germes resistentes.
Referências💭
www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/antibioticoterapia-pos-operatoria/19776.
FUCHS, Flavio Danni.Farmacologia Clínica. Editora guanabara koogan. 3ed.2004
www.news-medical.net/health/Morphine-Pharmacology-(Portuguese).aspx